Tecnologia afasta ou aproxima?

Trabalho na área de tecnologia há 30 anos, acompanhei de perto todas as mudanças desde a década de 80. Hoje qualquer computador pessoal tem mais capacidade do que os supercomputadores que eram utilizados como servidores.

Sempre me deparei com pessoas intrigadas com o impacto da tecnologia em nossas vidas, principalmente no que tange aos aspectos comportamentais e econômicos. Escuto com frequência de pessoas mais idosas que a tecnologia afasta as pessoas do convívio social, ou que vai acabar com os empregos.

 Será?

Vou dar exemplos baseado em minha família: tenho 53 anos, penúltimo filho dentre 5 irmãos. Descendente direto de imigrantes, só tinha meus pais e irmãos aqui no Brasil. Lembro como hoje que minha mãe enviava uma carta aos seus parentes e recebia a resposta um mês ou mais. Escrevia em um papel muito fino, pois não podia exceder o peso permitido, senão pagaria um valor não condizente com nossa renda. Fazíamos uma ligação por ano, geralmente no Natal. Tínhamos que falar rápido para não chegar uma conta impagável.

Minha infância foi maravilhosa, mas meu grupo de amigos era restrito aos colegas que moravam em minha rua e algumas crianças da escola que eu estudava. Meu pais tinham pouco amigos, todos vizinhos da minha rua.

Voltemos ao ano de 2.020, estamos passando por uma pandemia assustadora, em quase todo mundo foi adotado o isolamento ou em casos mais extremos o lockdown, a tecnologia permitiu que boa parte das empresas continuassem ativas, pois podemos trabalhar de casa, este conceito conhecido como home office vai ser uma tendência e isso acarretará com certeza uma melhor qualidade de vida para todos.

Domingo passado comemoramos o dia das mães, todos estão evitando visitar minha jovem mãe de 86 anos por motivo óbvios. Resolvi criar uma sala de reuniões em um aplicativo e reuni toda a família, inclusive os que moram em Curitiba e um sobrinho que vive no Japão. Nos divertimos muito, inclusive com direito a concurso de caretas.

No meu facebook tenho na minha rede de amigos parentes que vivem na Inglaterra, Austrália e nos EUA. Posso contatá-los a qualquer momento e trocar mensagens instantâneas com eles, sem desembolsar nenhum valor. Minha jovem mãe também tem um perfil no facebook e inclusive usa o whatsapp.

Servi o exército em 1.986, quando fui dispensado nunca mais vi nenhum de meus irmãos de farda. Há 5 anos um irmão de farda teve a iniciativa de tentar reunir os soldados que serviram neste ano. Em pouco tempo, através de redes sociais, conseguiu juntar mais de 100 ex combatentes. Marcamos um churrasco inesquecível, onde amizades foram reconstruídas.

Aconteceu o mesmo com os colegas do ginasial. Fizemos uma bela festa de reencontro, a maioria de nós não nos víamos a 30 anos. Todos conversamos quase que diariamente.

 

Por Rogério Terzian
CEO RCV

Tecnologia afasta ou aproxima?

Trabalho na área de tecnologia há 30 anos, acompanhei de perto todas as mudanças desde a década de 80. Hoje qualquer computador pessoal tem mais capacidade do que os supercomputadores que eram usados ​​como servidores.

Sempre me deparei com pessoas intrigadas com o impacto da tecnologia em nossas vidas, principalmente no que tange aos aspectos comportamentais e psicológicos. Escuto com frequência de pessoas mais idosas que a tecnologia afasta as pessoas do convívio social, ou que vai acabar com os empregos.

 Será?

Vou dar exemplos baseados em minha família: tenho 53 anos, penúltimo filho dentre 5 irmãos. Descendente direto de imigrantes, só tinha meus pais e irmãos aqui no Brasil. Lembro como hoje que minha mãe enviava uma carta aos seus pais e recebia a resposta um mês ou mais. Escrevia em um papel muito fino, pois não poderia exceder o peso permitido, senão pagaria um valor não condizente com nossa renda. Fazíamos uma ligação por ano, geralmente no Natal. Tínhamos que falar rápido para não chegar uma conta impagável.

Minha infância foi maravilhosa, mas meu grupo de amigos era restrito aos colegas que moravam na minha rua e algumas crianças da escola que eu estudava. Meus pais tinham poucos amigos, todos vizinhos da minha rua.

Voltemos ao ano de 2.020, estamos passando por uma pandemia assustadora, em quase todo o mundo foi adotado o isolamento ou em casos mais extremos o  lockdown , a tecnologia permitiu que boa parte das empresas continuassem ativas, pois podemos trabalhar de casa, este conceito conhecido como  home office  vai ser uma tendência e isso acarretará com certeza uma melhor qualidade de vida para todos.

Domingo passado comemoramos o dia das mães, todos estão evitando visitar minha jovem mãe de 86 anos por motivo claro. Resolvi criar uma sala de reuniões em um aplicativo e reunir toda a família, inclusive os que moram em Curitiba e um sobrinho que vive no Japão. Nos divertimos muito, inclusive com direito a concurso de caretas.

No meu facebook tenho na minha rede de amigos pais que vivem na Inglaterra, Austrália e nos EUA. Posso contatá-los a qualquer momento e trocar mensagens instantâneas com eles, sem desembolsar nenhum valor. Minha jovem mãe também tem um perfil no facebook e inclusive usa o whatsapp.

Servi o exército em 1.986, quando fui dispensado nunca mais vi nenhum de meus irmãos de farda. Há 5 anos um irmão de farda teve a iniciativa de tentar reunir os soldados que serviram neste ano. Em pouco tempo, através de redes sociais, conseguiu juntar mais de 100 ex combatentes. Marcamos um churrasco inesquecível, onde amizades foram reconstruídas.

Aconteceu o mesmo com os colegas do ginasial. Fizemos uma bela festa de reencontro, a maioria de nós não víamos a 30 anos. Todos conversamos quase que diariamente.

Por Rogério Terzian
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